Vamos falar de


sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Sobre uma entrevista no Diário do Alentejo

Sobre uma entrevista de Cláudio Torres ao Diário do Alentejo para fazer mais um jeito à FEPU, digo APU, digo CDU, digo PCP sem se esquecer do Bloco de Esquerda em que se fica a saber entre outras novidades que nós (eles) lutámos pelo Alqueva por causa da horto-fruticultura e que nesta zona no Alentejo é decisivo apoiar o Partido Comunista e que como militante do Bloco aqui no Alentejo (ela Cláudio pensa) devem ser apoiadas as forças de esquerda que são dominantes ponto final…pum

Peço imensa desculpa pela dimensão do sub-titulo deste modesto artigo de opinião, que não pretende mais do que confundir os mertolenses com mais umas patacoadas acerca das produzidas pelo nosso “querido líder” Kim Torres, alias Cláudio Castro, aliás Figueiredo Revez, também conhecido por Torres Louça, ou ainda Figueiredo Jerónimo, dirigente, director, do Bloco Arqueológico de Mértola digo Campo Arqueológico de Esquerda melhor, Bloco de Mértola, ou ainda Bloco Arqueológico de Mértola , ou Campo de Esquerda , ou Esquerda Arqueológica, ou Bloco do Campo Arqueológico (desculpa Santiago mas não resisti)

Não fosse a entrevista da autoria do Pravda, digo Avante, digo Diário, digo Diário do Alentejo (o tal que, como bom alentejano é diário mas tem publicação semanal) e ficaria admirado pela conteúdo da entrevista, mas vindo de onde vem tanto a entrevista como o conteúdo das respostas, está tudo dito. Só não entendo quem quer ainda o “pai de Mértola” enganar? Se não fosse triste seria risível.

O Sr. Torres pode ter as opiniões que entender, apoiar quem quiser, mudar de opinião as vezes que entender em função dos interesses do momento, pode conduzir a sua carreira profissional como muito bem lhe aprouver ou os seus amigos lhe proporcionarem, ser professor, ser funcionário da Câmara, ser Director do Parque Natural e a seguir, aquilo que bem entender… mas será que tem o direito de usar uma instituição como o Campo Arqueológico como arma de arremesso politico, na sua qualidade de director subvertendo os seus princípios básicos?

O Campo Arqueológico de Mértola é uma associação cultural e científica sem fins lucrativos de utilidade Pública e tem como objectivos estatutários fomentar o levantamento, estudo e pesquisa do património da região de Mértola e a sua conservação e salvaguarda, podendo, para tal, cooperar com entidades públicas ou privadas em acções científicas ou de promoção cultural e social. É isto que consta no site oficial do CAM.

Ficam aqui ainda algumas pérolas produzidas pelo Sr. Torres na dita “entrevista”:

“ (…)O Projecto de Mértola tornou-se mais difícil, mais complexo, cada vez mais fomos obrigados a "inventar" projectos novos para sobreviver, porque tivemos, obviamente, a hostilidade forte da parte da Câmara de Mértola, que virou à direita e rompeu com a parceria que tínhamos há 20 anos... (…)”
“(…) nós não estivemos de uma forma solidária a favor da intervenção no chamado eixo comercial da vila de Mértola (…)”

“ (…) O relacionamento do Campo Arqueológico com esta câmara tem sido de não-agressão (…) ”

“ (…) A rua e a pavimentação, feitas há anos, estavam boas (…) ”

“ (…) as ruas (da vila velha) estão insuportavelmente destruídas, a canalização da água está podre, com fugas por todo o lado, os esgotos quase não funcionam. A vila velha está completamente abandonada. Era aqui que devia ter sido feita a intervenção urbana e não na zona da vila que estava razoavelmente bem (…) ”

"(...) “a dignidade das pessoas é fundamental - se as pessoas perdem a dignidade, perdem tudo.”
Termino com uma pequena mensagem ao Dr. Cláudio Torres, por quem durante muitos anos nutri a maior admiração mas cujas atitudes e posturas recentes me chocam e espantam “a dignidade das pessoas é fundamental - se as pessoas perdem a dignidade, perdem tudo.” Pois é … a sua (dignidade) anda pelas ruas da amargura!!

3 comentários:

  1. Este Torres saíu-me cá um cromo!!!

    Depois de todos os viranços,virou agora em hortofruticultor!

    A qualidade do legume, do feijão, da batata...!

    Faltaram os tomates, foi?

    Torres reconheceu que a actual Câmara foi eleita pelos votantes do concelho! Melhor que Lapalisse seria difícil encontrar!

    Mas Torres é generoso e condescendente: " Nós respeitamos democraticamente os eleitos e por isso não tivemos qualquer postura de hostilidade em relação à Câmara."

    Obrigado Torres, por não desncadear um golpe!

    Mas Torres é também um conservador:

    "Nós (num plural majestático e imperial) achámos que a requalificação da rua principal da vila nova não eram urgentes". "A rua e a pavimentação, feitas há pouco tempo, estavam boas".

    Feitas quando? Eu a pensar que a Rua Dr. Afonso Costa já remontava aos tempos da 1ª República! Mas é sempre bom aprender com o grande historiador e arqueólogo Torres!

    "Toda a chamada via comercial - acrescenta Torres - tinha sido repavimentada há anos atrás..."

    Ó Torres, explique lá ao pessoal quando é que isso foi! Confesso que já não me lembro!

    Ai que saudades do Martyrium, Torres e que luto tão prolongado não vai ser o seu, Torres!

    Mas atenção: como disse, Torres é um conservador. No dia em que a vereação levante a primeira pedra nas ruas da vila velha, contará logo com a oposição de Torres, que logo içará a bandeira da defesa do património e, de dedo em riste, no Público de Carlos Dias e no chamado Diário do Alentejo, lá o teremos a prégar a teoria do Mediterrâneo e da Líbia contra a civilização europeia! ALÁ é grande, acreditem que não se enganarão. Inchalá!

    Torres espera ansiosamente por Outubro: a próxima Câmara, a ser eleita em Outubro, poderá resolver e decidir técnica e financeiramente o que pode ser feito, diz ele.

    Mais: diz qua há finaciamentos que não são municipais. No entanto, esconde as fontes dos maravedis! E é pena.

    Torres diz-se militante do Bloco de Esquerda, mas aqui, no Alentejo, vota Pc, perdão CDU. E sabe que o PC/CDU no Alentejo é apoiado pelas forças de esquerda que são dominantes.

    Ai essas estatísticas, Torres! Que sondagens, Torres? E que saudades, Torres!

    Enfim, Torres e Torres erguendo...

    ResponderEliminar
  2. Não tenho palavras para descrever a qualidade destas duas crónicas de opinião.São duas peças de uma verdade que dói e põe a nu a outra face de um homem que deixou de ser apreciado por ser um historiador?, um arqueológo? enfim um homem que teve a distinção dum prémio Pessoa. Pelas suas intervenções umas vezes como simples cidadão, outras como responsável pelo Campo Arqueológico, outras nas duas situações.
    É pena o Cláudio ter descido tão baixo, apenas pelo facto do ódio que nutre pelo Pulido.Ninguém o tratou mal em Mértola. Ele é que tratou mal quem dirige democráticamente os destinos deste concelho e óbviamente as pessoas que deram a gestão ao PS.Lamento que o Cláudio que eu tinha como um homem justo não aprecie o trabalho feito nestes últimos anos, até com o Campo Arqueologico. Talvez o Cláudio ignore o trabalho feito no concelho por que ele não conhece. O Cláudio vive num casulo e quando deita a cabeça de fora só vê um pequeno espaço que é aquele que ele conhece e oo outro que lhe dizem enganando-o.
    Quem escreveu aqueles dois artigos conhecem melhor que eu o Cláudio, mas um facto tenho que realçar, aquilo que está escrito eu subscrevo inteiramente.

    ResponderEliminar
  3. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar

Se quer comentar inscreva-se no Blog

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.