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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Incompetência ou má fé? A propósito do último Prós e Contras


O Alentejo não é, hoje, felizmente, aquilo que a Fatima Campos Ferreira procurou retratar no ultimo Prós e Contras, como uma região esquecida, parada no tempo, de mão estendida, sem presente nem futuro. Nem o Alentejo no seu todo, nem as sub regiões que o constituem: o Baixo Alentejo e o Litoral, o Alentejo Central e o Alto Alentejo?
Fica por saber se FCF o fez por pura incompetência( já demonstrada várias vezes na falta de adequada preparação do programa) ou, intencionalmente(com que objectivos e a mando de quem?), por má fé! Seja qual for a explicação, esta "jornalista" prestou um péssimo serviço à televisão pública, ao Alentejo e ao país.
O Alentejo é, atualmente, uma das regiões do país que maior potencial de desenvolvimento apresenta e que, ao contrário do que se quis fazer passar e, apesar de algumas dificuldades e constrangimentos, está a explorá-lo e potenciá-lo de uma forma extraordinária e com excelentes resultados quer seja no sector agrícola, no agro industrial, no das indústrias aeronáuticas, extractivas e energética, no da energia fotovoltaica, no turismo, na investigação e inovação, na cultura, etc.
Para além disso, face à maior vulnerabilidade do seu território às alterações climáticas e aos consequentes processos de desertificação e de ameaça à sua riquíssima e bem preservada bio diversidade, o Alentejo soube capacitar-se e preparar-se para dar respostas adequadas, quer a nível local quer regional, a esses problemas nas suas diferentes dimensões. O Alqueva é o melhor exemplo da medida mais estrutural de adaptação que poderia ser tomada em termos, por exemplo, da gestão sustentável dos recursos hídricos. Lamentavelmente, FCF cortou a palavra ao presidente da EDIA, precisamente quando o ia explicar e, também, rebater as asneiras que estavam a ser ditas, nomeadamente com a defesa da pretensa solução de instalação de estações de dessanilização. 
Poderia também ter sido dito que o Alentejo é a primeira região e a única no país que está a preparar estratégias regional e locais de adaptação às alterações climáticas, mas a jornalista não fez, convenientemente, o trabalho de casa.
Os exemplos positivos do desenvolvimento sustentável da região são inúmeros, diversificados e transversais a todo o território do Alentejo. 
Que outra região do país consegue simultaneamente, preservar habitas que permitem reintroduzir uma espécie extinta, como o lince, e valorizar os recursos cinegéticos, ser campeã na produção de energia renovável e da exportação de produtos das refinarias, ser fornecedora dos mercados mundiais de novos produtos agrícolas de regadio e dos tradicionais do sequeiro e do montado, ser dos maiores exportadores de minerais metálicos e não metálicos e caso de estudo internacional de crescimento do turismo, valorizar a produção artesanal e inovar na aeronáutica e nas tecnologias da informação, desenvolver-se sem pôr em causa a sustentabilidade do território e a qualidade de vida das populações ?
Apesar do muito investimento público que foi feito em projectos estruturantes, cujos impactos positivos e os bons resultados estão à vista, obviamente que temos ainda carências e grandes problemas, designadamente, no que respeita às acessibilidades no Baixo, no Litoral e no Alto Alentejo. O caso da electrificação da linha ferroviária Casa Branca/Beja é, talvez, o mais gritante, quer porque foi deixado para trás, inexplicavelmente, quer pela sua urgência porque afecta directa e diariamente as populações do distrito de Beja.
Também o problema do despovoamento, várias vezes confundido no programa com desertificação, nunca teve nem ainda tem a atenção e a prioridade que devia merecer, embora tenha sido criado o PNVI. Mas este fenómeno não é exclusivo do Alentejo, nem sequer do país, e não tem solução milagrosa e imediata, nem se resolve apenas com investimentos em acessibilidades.
Fazer, a coberto das justas reivindicações dos alentejanos de mais e melhor investimento na região, um retrato miserabilista, deprimente e, sobretudo, injusto da realidade que aqui se vive, poderá servir a quem?
Finalmente, porque o texto já vai longo, mais algumas perguntas.
Que critérios foram utilizados para escolher os actores no palco? Porque relegaram para figurantes na plateia, alguns sem direito sequer a usar da palavra e outros a quem foi dado um tempo ridículo para intervir, o presidente da CM de Reguengos(anfitrião), o presidente da CCDRA, o presidente da entidade regional de turismo, a reitora da Universidade de Evora, etc.
Porque razão não esteve ninguém, ou não foi dada a palavra , a quem representasse o Norte Alentejano, o turismo, a academia, os núcleos empresariais, a autoridade nacional da água (APA), o ambiente e ordenamento do território, etc?
Quem é e que representatividade têm, para estar no palco e na plateia a usar da palavra, o dinamizador(desenquadrado e mal informado) e um mero associado(que chegou agora ao Alentejo e que só disse asneiras) da Melhor Alentejo, organização que surgiu recentemente e apenas tem no currículo a realização de uma única conferência em Beja?Que critérios foram utilizados para gerir os tempos de intervenção, dando palco a mais aos detractores e a menos aos valorizadores do Alentejo.
O Alentejo tem as suas raízes fortes no passado, sim, mas os olhos estão no futuro


Jorge Pulido Valente

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Curso de àrbitros de Canoagem

A Federação Portuguesa de Canoagem e o seu Conselho Nacional de Arbitragem (CNA) irão realizar dois cursos iniciais de árbitros de canoagem.
Um dos cursos será realizado, no dia 18 de Novembro, na região sul (Alentejo ou Algarve), em local a indicar depois de verificada a proveniência da maioria dos interessados.
Existe a probabilidade de o Curso se realizar em Mértola sendo para isso necessário um elevado numero de inscrições provenientes de Mértola. Por isso aqui fica o desafio. Descarregue a ficha de inscrição em:
Ou dirija-se á secretaria do Clube Náutico de Mértola para efetuar a sua inscrição.

A SUA PARTICIPAÇÃO É DETERMINANTE e pode iniciar uma carreira muito interessante que lhe pode permitir viajar pelo país e numa fase mais avançada também pelo estrangeiro, participando ativamente na vida duma das melhores modalidade portuguesas e que paralelamente tem forte implantação em Mértola.