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quinta-feira, 23 de abril de 2009

Dia Mundial do Livro


“ Porém, em todos os casos, é o leitor que lê o sentido; é o leitor que reconhece a um objecto, lugar ou acontecimento uma possível legibilidade ou lha concede; é o leitor que tem de atribuir significação a um sistema de signos e em seguida decifrá-lo. Todos nos lemos a nós próprios e ao mundo á nossa volta para vislumbrarmos o que somos e onde estamos. Lemos para compreender ou para começar a compreender. Não podemos deixar de ler. Ler, quase tanto como respirar, é uma das nossas funções vitais.”
Alberto Manguel

“ Não se pode embarcar de novo na vida, nessa viagem única, uma vez terminada, mas se tiver um livro nas mãos, por mais complexo ou difícil de compreender que seja, quando o terminar, pode, se quiser, voltar ao princípio, lê-lo novamente e assim compreender aquilo que achou difícil e, ao mesmo tempo, compreender também a vida.”
Orhan Pamuk

“ Os livros moldaram-me a consciência, o sentido de justiça, o gosto pela política e pelos justos combates que ela comporta quando é feita com seriedade e sentido solidário, a paixão pela palavra e pelos seus sons e sentidos. Os livros acrescentaram mais mundos ao meu pequeno mundo e tornaram-se um prolongamento das minhas inquietações e dúvidas, de tal maneira que ainda hoje, não me atrevo a viajar sem uma mão cheia deles, tenha a viagem a extensão ou a duração que tiver.”
José Jorge Letria


“ Há palavras que fazem bater mais depressa o coração – todas as palavras – uma mais do que outras, qualquer mais do que todas. Conforme os lugares e as posições das palavras. Segundo o lado se onde se ouvem – do lado do Sol ou do lado onde não dá o Sol.
Cada palavra é um pedaço do universo. Um pedaço que faz falta ao universo. Todas as palavras juntas formam o universo.
As palavras querem estar nos seus lugares!
Nós não somos do século de inventar as palavras. As palavras já foram inventadas. Nós somos do século de inventar outra vez as palavras que já foram inventadas.”
José de Almada Negreiros

“ Acho que as relações de um escritor com o seu leitor só começam a ter dignidade para lá das portas da livraria. Cada qual na sua intimidade. A árvore, longe do fruto que já lhe não pertence; quem o saboreia, isento de perturbar o gosto com sensações adjacentes.”
Miguel Torga

“ (…) quando lemos versos que são verdadeiramente admiráveis, realmente bons, temos a tendência para o fazer em voz alta. Um bom verso não permite ser lido em voz baixa ou em silêncio. Se pudermos fazê-lo não é um verso válido: o verso exige ser pronunciado. O verso recorda sempre que foi uma arte oral antes de ser uma arte escrita, recorda que foi um canto (…)
Jorge Luís Borges

“ Acontece assim: primeiro gosta-se do narrador e depois da narrativa. Primeiro, a criança gosta de ouvir a voz da mãe a contar-lhe a história. Gosta da concentração que a mãe põe naquele momento só dos dois e é com a continuação que a criança passa a dar atenção à história que a mãe conta. Mais tarde, quando tem instalado dentro de si o amor às histórias e já sabe ler, lê – que é a forma de aceder às histórias sem precisar do outro. Esta é uma das receitas garantidas para produzir para produzir um leitor. É um processo lento e exigente, mas o investimento é garantido e arrasta importantes ganhos afectivos.”
Paula Moura Pinheiro

“Da capacidade de ler e da leitura tirar um entendimento, um significado, um valor, depende a construção de um espaço psíquico fundamental para o harmónico crescimento infantil e juvenil. Ler obriga cada um a ter um encontro consigo próprio, no tempo em que voluntariamente, ou pela mão de outrem, se entrega a um silêncio que mais não é do que o preenchimento da sua forma de sentir e, depois, pensar, através das emoções que a escrita de outro lhe revela e desenvolve. Ler é (…) ,no fundo, crescer, e fazê-lo de uma forma frequentemente mais aberta, crítica, amorosa ou humorística na relação consigo e com tudo o que a rodeia.”
Pedro Strecht

Visite a Biblioteca Municipal.
Eles têm, de certeza, um livro à vossa medida!

5 comentários:

  1. atenção à ortografia!

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  2. prontuário24/04/09, 12:55

    Maldita hortografia! Acontece

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  3. @JF
    Estou a gostar de te ver irritado... :)
    Penso que se não és burro andas lá muito perto, ainda não percebes-te quais são as regras da casa!! Pela verborreia deves mesmo ser burro!

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  4. Luisa Reboredo01/05/09, 14:44

    Vi o vosso blogue e, de passagem pela vossa terra, procurei saber onde era a Biblioteca Municipal e disseram-me que está fechada, para obras já nem sabem quando...é uma coisa como aqui as "obras de santa Engrácia". Não acreditei, insisti e vi confirmada a primeira informação. Que raio: então mandam-me visitar uma Biblioteca que fechou há um "rol" d'anos? Não é justo. Luisa Reboredo.
    PS. Quando voltar de férias darei conta dessa informação, mentirosa e indigna de quem faz um blogue que até tem coisas interessantes, mesmo muitas coisas.

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  5. biblioteca na rua 25 de abril01/05/09, 22:24

    @Luisa querida
    Informaram-na mal minha amiga. Alguém quis aproveitar o seu natural desconhecimento para a levar a bater com o nariz numas obras há muito paradas. Paradas por essa prestimosa entidade que continua a trabalhar com muita qualidade - o campo arqueológico, nem mais.
    Porque a nossa biblioteca, isto é o local onde agora estão os livros, está a três passos da rua principal e qualquer pessoa de Mértola lhe indicaria o caminho.
    Mas não. Tinha de ser. A Luisinha por azar foi logo pedir ajuda a quem continua a achar que Mértola quer voltar a ser feliz, mesmo á custa da infelicidade alheia ....
    Fica para a próxima, não é Luisa? Olhe que temos lá muitos e bons livros. Apareça

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