Tio envolve Sócrates no caso Freeport
Contradições. Em 2005, o primeiro-ministro garantiu ser "totalmente alheio" ao projecto do Freeport de Alcochete. Júlio Monteiro, seu tio, revela que intermediou um encontro com um empresário ligado ao empreendimento.
Primeiro-ministro responde que só discutiu questões ambientais.
Júlio Coelho Monteiro, tio materno de José Sócrates, revelou, ontem, que intermediou um encontro entre Charles Smith, sócio da consultora Smith&Pedro, a responsável pela promoção do projecto Freeport de Alcochete, e o seu sobrinho, então ministro do Ambiente. A declaração de Júlio Monteiro ao semanário SOL contraria a garantia dada por José Sócrates, em 2005, de que era "totalmente alheio ao empreendimento".
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Diário de Noticias Online
24.01.09
Carlos Rodrigues Lima
Carta a implicar Sócrates no caso Freeport é de militante do CDS

Zeferino Boal, militante do CDS/PP e candidato à presidência da Câmara de Alcochete nas últimas eleições autárquicas, é o autor da denúncia anónima que originou a investigação da Polícia Judiciária (PJ) em volta do caso Freeport, em 2004. José Sócrates é apontado neste processo como estando envolvido na alteração, em 2002, da Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo (ZPE), enquanto ministro do Ambiente, permitindo a construção daquele empreendimento de Alcochete. Em troca, o PS teria recebido dinheiro para subsidiar a campanha eleitoral para as legislativas daquele ano.
A revelação foi feita pelo inspector da PJ Elias Torrão, da directoria de Setúbal, que ontem começou a ser julgado no 6.º juízo dos Tribunais Criminais de Lisboa, por violação de segredo de justiça e de funcionário.
Contou Elias Torrão que as informações sobre alegados crimes de corrupção e de participação económica em negócio, envolvendo José Sócrates no caso Freeport, chegaram através de Boal, presidente da concelhia do CDS/PP de Alcochete.
No seguimento, informou os superiores hierárquicos, que o terão aconselhado a convencer Boal a escrever uma carta anónima com as denúncias. O que foi feito em Outubro de 2004. A missiva chega à PJ de Setúbal, dirigida a Torrão, e dá origem a um pré-inquérito de averiguações.
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