Crónica Cidadania Activa 22
Nem PS nem PSD
Já toda a gente percebeu que este
governo do PS, apesar de ter todas as condições económicas e políticas a seu
favor, está incapacitado para resolver os principais problemas do País, seja na
Saúde, na Educação, na Agricultura, na Justiça, no Ambiente, na Administração Pública,
etc., porque o aparelho partidário, com o consentimento e apoio de António
Costa, tomou conta da estrutura das instituições, organismos e empresas do
Estado, tendo apenas como objectivo o ter, exercer e manter o poder. O PM já
não controla o aparelho partidário infiltrado na máquina do Estado e, por isso,
descontrolou-se o Governo.
Para além disso, o primeiro
ministro afastou e afasta todos aqueles que manifestam opiniões e ideias
divergentes das suas e lhe tentam mostrar uma realidade não coincidente com a imagem
otimista que ele constrói e que os seus “yesboys and girls” lhe confirmam.
Se fosse o PSD não seria
diferente, apenas os personagens mudavam e os beneficiados seriam os “sócios”
do respectivo aparelho partidário. Tudo corre bem até as máquinas partidárias
se instalarem no aparelho do Estado.
Os eleitores sabem isso e, mesmo
descontentes com António Costa e o seu governo, votariam outra vez no PS porque
não acreditam que o PSD seja uma alternativa melhor e que faria diferente,
também para melhor.
Enquanto no horizonte tiverem a
promessa/garantia de mais dinheiro no bolso por um lado e a incapacidade de
qualquer dos partidos resolver os problemas estruturais por outro, obviamente
que não irão optar pela alternância no poder mas sim pelo mal menor.
Pelos motivos acima referidos e
apesar de serem indispensáveis à democracia, os partidos políticos já não são
capazes de resolver o problema da governação do País.
Que alternativas nos restam?
Ou os partidos políticos se
regeneram e se abrem à sociedade ou terão que ser os movimentos de cidadãos a
intervir mais activamente, obrigando os governos a libertarem-se dos interesses
e das amarras partidárias, para se centrarem na boa e rigorosa governação e na
resolução dos problemas estruturais do País.
O Presidente da República tem
aqui um papel importante e determinante, demitindo António Costa, quer para o
obrigar a formar um novo governo liberto dos vícios partidários quer, em alternativa,
nomear um governo de iniciativa presidencial, com apoio da maioria dos
partidos. Provavelmente, com a distribuição pela população dos dividendos
financeiros dos nossos impostos e do crescimento da economia, tudo irá
continuar na mesma até ao final da legislatura, lamentavelmente!
Jorge Pulido Valente
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