Quando se entra na aldeia, o branco
enche-nos os olhos. As barras amarelas, cor-de-rosa ou cinzentas, fazem pandã
sem receio. Tudo ali parece fazer sentido.
No largo da igreja, sem grande esforço,
entramos numa longa-metragem revivalista a preto e branco, com banda sonora do Ennio
Morricone. E com a música chega a calma. Uma calma que percorre as ruas
irrepreensivelmente limpas. Que une as pessoas como pedras da calçada. E que
habita, com orgulho, todos os rostos. Os jovens, os menos jovens e os
entradotes.
No seu entorno, e caminhando, é possível
ter acesso a paisagens de cortar a respiração e a um plano de água com
quilómetros de extensão. Existindo ainda a possibilidade de observar formações
geológicas de rara beleza.
Mas o que torna também esta aldeia
especial são as pessoas. Os seus habitantes. Nomeadamente a sua faculdade para
entender que só através da colaboração, da tolerância, da responsabilidade e do
sentido de pertença é que é possível melhorar. E melhorar da forma mais nobre
que existe: coletivamente.
Ela ali está. Santana de Cambas. No meio
do nada. No epicentro da calma. Mas no centro de tudo o que interessa.
Texto e fotografias de Júlio Silva
Publicado AQUI.
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