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terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Santana está na moda





Ao longe avista-se um conjunto de casas que recorta de forma solene o verde da paisagem. Fica-se imediatamente com a sensação que sempre esteve ali, que pertence naturalmente àquele lugar. E que a torre da sua igreja nos brada sem eco.

Quando se entra na aldeia, o branco enche-nos os olhos. As barras amarelas, cor-de-rosa ou cinzentas, fazem pandã sem receio. Tudo ali parece fazer sentido.

No largo da igreja, sem grande esforço, entramos numa longa-metragem revivalista a preto e branco, com banda sonora do Ennio Morricone. E com a música chega a calma. Uma calma que percorre as ruas irrepreensivelmente limpas. Que une as pessoas como pedras da calçada. E que habita, com orgulho, todos os rostos. Os jovens, os menos jovens e os entradotes.

No seu entorno, e caminhando, é possível ter acesso a paisagens de cortar a respiração e a um plano de água com quilómetros de extensão. Existindo ainda a possibilidade de observar formações geológicas de rara beleza.

Mas o que torna também esta aldeia especial são as pessoas. Os seus habitantes. Nomeadamente a sua faculdade para entender que só através da colaboração, da tolerância, da responsabilidade e do sentido de pertença é que é possível melhorar. E melhorar da forma mais nobre que existe: coletivamente.

Ela ali está. Santana de Cambas. No meio do nada. No epicentro da calma. Mas no centro de tudo o que interessa.

Texto e fotografias de Júlio Silva

Publicado AQUI.

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