O síndrome do DDT (donos disto tudo)
As maiorias absolutas tendem a gerar em si próprias o síndrome do DDT (donos disto tudo), a partir do centro para a periferia do poder, seja ele governo ou autarquia. Na verdade, os sintomas da doença, que aparecem pouco depois de instalada a referida maioria, vão-se agravando à medida que os responsáveis políticos se vão rodeando dos seus mais fiéis seguidores e estes, sentindo-se cada vez mais à vontade e confiantes, tudo fazem pelas suas carreiras e respectivas mordomias não olhando a meios nem a princípios ou valores éticos.
A partir de determinada altura já não é possível controlar a doença e ela
alastra e contamina toda a cadeia de poder e a maioria dos colaboradores
acha-se também, seguindo o exemplo que vem de cima, no direito de actuar da
mesma forma.
Os casos de abuso ou más práticas sucedem-se e, mais tarde ou mais cedo,
são descobertos e quem está no centro do poder tem que estar constantemente a
tentar apagar fogos, a correr atrás do prejuízo e, quanto mais o faz, mais vai
perdendo autoridade e respeito.
Até que surge um caso de extrema gravidade e o síndrome degenera numa
doença sem cura, cujo tratamento tem que ser radical, obrigando à extinção
desse poder absoluto.
A vacina para esta doença já existe: cidadania activa e democracia
participativa!
Jorge Pulido Valente
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