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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Cante alentejano apresenta-se à Unesco no início de 2013

 
Abortada que foi a apresentação à Unesco, em março último, da candidatura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade, eis que a comissão nacional daquele organismo das Nações Unidas vem agora garantir a sua entrega em Paris, no início do próximo ano.
 
A candidatura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade vai ser entregue à Unesco no início de 2013, revelou esta terça-feira, 27, o presidente da Comissão Nacional daquele organismo, António de Almeida Ribeiro, no âmbito de um colóquio internacional, em Lisboa, sobre políticas públicas para o Património Cultural Imaterial. Segundo o responsável, “a candidatura do cante alentejano está em preparação para ser entregue na Unesco no início de 2013”. António Almeida Ribeiro sublinhou também que a comissão nacional da Unesco “dá mais importância à exigência de qualidade das candidaturas, do que à quantidade” e que, um ano após a aprovação da candidatura do fado a Património Cultural Imaterial da Humanidade, existe “uma responsabilidade acrescida para apresentar candidaturas coerentes, bem estruturadas e fundamentadas”. Recorde-se que candidatura do cante alentejano esteve para ser entregue em março deste ano, mas o Ministério dos Negócios Estrangeiros decidiu adiar para 2013 por considerar que na altura não estavam reunidas as condições para a sua aceitação.

Reagindo à garantia dada por António Almeida Ribeiro, o presidente da comissão executiva da candidatura do cante alentejano, Carlos Medeiros, afirmou à Lusa que “é sempre bom que haja um compromisso”, havendo neste caso a confirmação da “garantia que o Ministério dos Negócios Estrangeiros já tinha dado”. É importante que a candidatura seja entregue em Paris e será ainda mais importante se for aprovada”, considerou, não deixando de destacar a importância do papel da diplomacia portuguesa neste processo. O cante alentejano tem “todas as características” para ser Património da Humanidade, mas, para isso, “tem que haver, da parte da diplomacia portuguesa, um trabalho como houve para o fado”. De momento, acrescentou, a candidatura “está a ser revista”, um trabalho que deverá ficar concluído “brevemente”, e vai ser entregue à comissão nacional da Unesco “até final deste ano”.

António Ceia da Silva, presidente da Turismo do Alentejo e também membro da comissão de honra da candidatura, considerou que o compromisso da entrega em Paris “já é uma vitória importante para o Alentejo” e mostrou-se convicto de que o “cante alentejano merece esse reconhecimento universal”, que “será, com certeza, uma boa notícia que iremos receber no próximo ano”. Porém, alertou, “a classificação não é um fim, é um princípio para a salvaguarda” do cante alentejano e para a criação de “dinâmicas novas” à volta deste bem imaterial para que “os grupos possam crescer e os jovens possam dedicar-se ao cante”.

in
Diário do Alentejo

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