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sábado, 23 de janeiro de 2010

Uma Candidatura Nacional


Como ontem referi aqui, a candidatura de Manuel Alegre está a causar uma indisfarçável incomodidade em algumas personalidades da vida pública nacional. Nada mais fácil para denegrir Alegre do que conotá-lo com esse epifenómeno da política portuguesa que dá pelo nome de Bloco de Esquerda.

Acantonado em torno de uns tantos intelectuais "bem pensantes", actuando preferentemente em meios urbanos, defendendo causas ditas fracurantes, explorando as fragilidades dos mais desfavorecidos, promovendo medidas económicas irrealistas e demagógicas, com uma representação parlamentar longe de corresponder aos verdadeiros anseios do povo português -prova evidente do entorse do nosso actual quadro partidário -, o Bloco de Esquerda é por isso mesmo um epifenómeno e como tal destinado a desfazer-se na primeira esquina do tempo.

Não aspirando a ser Poder mas na ânsia incontida do seu "crescimento" e não esquecendo o flop que foi a candidatura de Francisco Anacleto nas presidenciais de 2006, o BE não perdeu tempo, tratando logo de se colar oportunisticamente à candidatura de Manuel Alegre na mira de cantar vitória após o mais que provável sucesso da candidatura.

Mas Alegre já disse que recusa ser visto como o candidato do Bloco de Esquerda. E ao Expresso de hoje (edição em papel) Manuel Alegre declarou:

"As pontes que possa ter estabelecido com outros sectores de esquerda não legitimam ninguém a dizer que sou um candidato do Bloco. Não sou. E se a minha candidatura vier a concretizar-se será uma candidatura nacional, com uma grande marca de independência mas historicamente enraizada no PS" .

Seria possível ser-se mais claro?

1 comentário:

  1. Vamos ver. Para já começou mal, não O Manel mas o Louça.Tinha tempo para declarar o seu apoio, já que o Bloco afasta não une.Manuel Alegre ganha com o PS e ao Centro esquerda.É preciso ter sentido Estado e não aparecer como candidato duma facção radical. Mas para Alegre sereleito não pode rodear-se de gente que sempre foi factor divisão partidária no PS. É preciso conquistar os distritos e os concelhos com gente credivel. E há muita gente..

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