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segunda-feira, 25 de maio de 2009

Jovens

Ora bem, respondendo ao "apelo" que me foi feito, directamente quando pedi o acesso ao blog, indirectamente no "Desafio" que o Carlos Viegas lançou, aqui vai algo que, face à redundância, me vai na alma e que gostaria, talvez com alguma imodéstia, de ver aqui comentado.
Os jovens... há os que vão e os que ficam... dos que vão, há os que voltam e os que não voltam... há ainda os que ficam, por não terem oportunidade para ir e também há os que vão, porque não têm oportunidade para ficar...
Nascidos e criados em Mértola (e concelho, bem entendido...), independentemente de todas as diferenças, há com toda a certeza dois pontos em comum: todos querem ter, no presente e no futuro, a melhor vida possível e todos (ou pelo menos a grande maioria) gostam mais de Mértola do que de qualquer outra terra.
Assumindo que nem tudo é bom, mas também que nem tudo é mau, que condições tem Mértola para estes (nos quais me incluo, obviamente) jovens? Pensando que em qualquer situação, boa ou má, há sempre alguma coisa que se pode melhorar, o que se pode fazer por e para aqueles que ficam, por e para aqueles que vão mas querem voltar?
E, já que estou com a "mão na massa", o que pensam os jovens de tudo isto? Olhando ali para o lado, reconheço nas pessoas registadas no blog (de cima para baixo, para ser mais fácil) a Ana Filipa, os "irmãos Sousa" ( =P ) e o Rui (peço desculpa, mas não sei se o António Adanjo é o pai ou o filho)... faço um "convite" directo à vossa participação, gostava de "ouvir" as vossas opiniões...

Um abraço
Markus

6 comentários:

  1. Aqui está um tema sempre actual lançado pelo Markus que é um exemplo de colaboração activa neste espaço.

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  2. Meu amigo Marcos...apenas posso falar sobre a minha experiência e o meu exemplo. Eu fui daqueles jovens que aproveitou a ida para a faculdade não só para seguir um sonho e conquistar algo importante para o futuro, mas também para sair da "terrinha", a casa dos pais...para ganhar a sua independência (com as inevitaveis responsabilidades acrescidas)...para abrir horizontes. Acho que não serei a única a dizer que numa terra tão pequene é inevitável que se saiba da vida de toda a gente e que se fale sobre toda a gente. Será também inevitável dizer que quando somos jovens isso nos intriga e a certo ponto nos satura! Nesse ponto de vista também gostei de sair de Mértola (lol)! Mas não pensem que a esqueci ou que me despeguei a ela...pelo contrario! Toda este jornada serviu para fazer sentir aquele sentimento tão português que é a saudade!E quando falo em saudades é de tudo...até das cusquices da "vizinha" :)
    É impossível saber o futuro e dizer que vou voltar definivamente para a Vila Museu...o mundo do trabalho ditará o meu rumo! Infelizmente é cada vez mais assim!
    Mas "o bom filho à casa retorna"! E comigo não será diferente! Não quero cortar com as minhas raízes! Até porque terei sempre no B.I "natural de Mértola" LOOL e ainda tenho uma casinha à minha espera no Cerro do Benfica x)
    Quanto ao outro assunto...é uma utopia tentar criar um "estilo" ou mesmo uma vila que agrade toda a gente. Nunca se conseguirá agradar a gregos e troianos! O que importa verdadeiramente aqui é que se continuem a tomar iniciativas (para todos os grupos) e que continuemos a ser uma vila com dinamismo! Parar é morrer!
    E assim aproveito a deixa e crio eu também um desafio...e fazermos encontros dos jovens de Mértola?! Jantares?! Mais uma Feira da Juventude?! :)

    Beijinhos

    Ana Sofia Sousa

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  3. Excelente tema que o Markus aqui trouxe, a mim particularmente diz-me muito, eu que ainda me considero jovem, este verão vai fazer 19 anos que deixei de morar em Mértola, mais propriamente nos Salgueiros, onde morei até aos 19 anos de idade.
    Indo de encontro ao excelente enquadramento introdutório do Markus, acho que fui dos que foram mas que sempre voltaram, e também dos que partiram por não terem oportunidade de ficar, recordo-me do dia 30 de Junho de 1990 o dia em comecei a sentir saudades de Mértola, nessa altura considerei que não havia outro caminho, hoje considero que não é bem assim, apesar de tudo, existem hoje mais e melhores condições para se fixar os jovens, digo-o com toda a convicção.
    Felizmente não deixo passar nenhum mês sem voltar aos Salgueiros e a Mértola, cada vez sinto mais saudades e mais vontade de um dia regressar, cada vez mais Mértola é o meu local de eleição para passar fins-de-semana e férias, Mértola é a terra que mais gosto e como muito bem disse a Ana Sofia Sousa nunca ninguém vai retirar do meu B.I “natural de Mértola”, se for possível quando este B.I. caducar, vou pedir para que no próximo coloquem à frente de “natural de Mértola” com muito orgulho!
    Apesar de ter tido uma boa capacidade de integração e de ter sido relativamente bem sucedido, e estar muito bem onde estou, é sempre com imensa alegria que parto de fim-de-semana rumo ao sul e a Mértola, felizmente a minha mulher, (Cristina) e filha (Leonor) adoram Mértola também tem aí imensos amigos.
    Dos maiores sonhos que tenho é ver Mértola ser uma terra de sucesso para todos os que lá vivem, Acho que já estivemos mais longe disso, acredito que estamos no caminho certo.
    Um abraço,
    António Medeiros

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  4. Pois bem Markus,
    Como imaginarás, não poderia passar por cima deste post, ainda que não me visasses directamente, sem o ler com atenção e, claro, sem o comentar.
    Eu não nasci em Mértola, nunca vivi em Mértola, não tenho Mértola no BI. Não estudei nem nunca trabalhei em Mértola. Não tenho lá negócios. Não tenho interesses políticos. Mas que ligação poderei eu ter a Mértola para além de metade de uma casa a meias com a minha irmã?
    Tenho uma paixão imensa (no sentido cristão do termo - sofrimento). Tenho uma afinidade umbilical. Tenho uma necessidade inexplicável. Tenho família. Tenho amigos. Tenho memórias, muitas e as mais marcantes. Tenho saudades. Tenho tudo.
    Mas com amor e nada mais, não resolvemos coisa alguma! Claro que não!
    Mértola precisa de jovens que tenham interesse por ela. Que tenham uma visão de futuro sustentada. Jovens que não tenham receio pelo facto de estarem longe das cidades, dos centros (quer urbanos, quer comerciais). Jovens que tenham vontade de viver o que esse nosso concelho tem para nos dar. Sinceramente, e isto é uma crítica a muitos dos meus amigos, Mértola precisa que os jovens consumam menos cerveja. Sóbrios viveremos melhor as virtudes da nossa vila.
    Mértola precisa de empregos. Mas temos que ser nós, jovens, a ter ideias para os criar. Mértola não pode acreditar numa vocação divina de Vila de serviços. Eu tenho espasmos a cada vez que digo que a CMM é o maior empregador do concelho.
    Mértola precisa de se evidenciar, de salientar os seus produtos, de projectar a sua imagem. Esse tem também que ser um papel de todos nós.
    Não houve um único ano da faculdade em que não fizesse 2 ou 3 trabalhos sobre Mértola. Aprendi e ensinei. A minha tese de Mestrado é um estudo sobre uma questão muito concreta. Podia ter pegado nessa mesma questão e estudá-la aqui em Lisboa, em Oeiras ou Cascais. Saía-me muito mais barato. Mas não, mais uma vez preferi ir aprender um pouco mais sobre Mértola para poder transmitir àquele que será o meu júri.
    Onde quer que seja, independentemente do que fizer, serei um promotor constante da nossa Vila.
    Todavia, não sei se algum dia terei Mértola no BI. Não sei se os meus filhos terão! Mas terei, certamente, Mértola na lápide.

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  5. Penso que, do que já foi dito, não muito mais poderá ser acrescentado...
    Eu penso que não poderei ser das melhores pessoas deste tema dado "nossa vila"...
    A verdade é que poucos são os fins de semana que digo "consigo ir lá a baixo estes dias".
    Mas isso não quer dizer que não haja a tão dita saudade. Das coisas que mais sinto falta desde que vim para lisboa é o rio. Sim, Lisboa também tem um rio, mas não é nada como o nosso guadiana. Com ele dá para haver uma relação mais directa, mais vivida.
    E sabe sempre bem voltar para o sítiozinho pacato quando a nossa cabeça já ferve com mil e um problemas, parece que diminuem logo lol
    Oportunidades?...isso é um pouco relativo, penso que depende do ramo que se trata.
    A verdade é que muitas coisas nos últimos tempos foram feitas para se tentar puxar por este lado da juventude de mértola. E porque parar agora? Não será algo que deva persistir para que os próximos jovens também o possam usufruir?
    Algo importante que também li "Mértola precisa que os jovens consumam menos cerveja". Penso que isto diz muito do que deveria começar a ser mudado...estes últimos tempos que fui a mértola (festival islâmico uma das vezes) vi tanto "miúdo" e "miúda" a beber com um nível de estupidez que a mim me deixou parvo...mas isto é algo que só quando todos ganharem um pouco de cabeça...

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