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sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Feira da Caça em Mértola quer continuar a ser referência nacional


 A XIII Feira da Caça irá realizar-se de 21 a 23 de outubro no Pavilhão Multiusos Expo Mértola e promete surpresas.

A Câmara Municipal de Mértola, entidade promotora do certame, assegura que na edição deste ano vão estar novamente reunidas todas as condições para que a Feira da Caça continue a ser uma referência a nível nacional.

Com "grande expetativa", é assim que Mário Tomé, presidente da Câmara Municipal de Mértola, aguarda a edição deste ano, assegurando que irão existir algumas surpresas, novos expositores, uma entrada renovada e impactante do recinto da Feira, novas atividades cinegéticas, exposição de fauna viva muito diversificada e muitas outras novidades que apenas serão desvendadas quando o visitante chegar.

A Feira da Caça propõe-se mais uma vez a celebrar e promover o património cinegético do concelho e as suas potencialidades turísticas e económicas.

In O ATUAL

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quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Bolsas de Estudo Serrão Martins



De 13 de outubro a 7 de  novembro e de 21 de novembro a 7 de dezembro, contacte a Divisão de Educação, Saúde e Desenvolvimento Social (DESDS) para informações e entregas de candidaturas.~

Documentos associados: 

EXPRESSO - Opinião - Regenerar o montado, a última fronteira ao processo de desertificação

 


Se já passou no Alentejo, conhece o montado? E sabe que o montado está todos os anos a perder área? Perde por morte das árvores sem que haja renovo. A nova Política Agrícola Comum em Portugal inclui uma medida piloto totalmente nova, de pagamento por resultados ambientais, que condiciona a gestão do montado à lógica de uma maior sustentabilidade

Pela primeira vez em Portugal, vão entrar em vigor pagamentos agro-ambientais por resultados, para o Montado. A novidade está não só nestes incentivos dirigidos exclusivamente para o Montado, como também em serem incentivos que são pagos em resposta a resultados ambientais. Nos incentivos agro-ambientais tradicionais o pagamento é feito pela adopção de práticas de gestão, que se pressupõe melhorarem a condição ambiental. Em diversas áreas de política pública, a Comissão Europeia procura actualmente mudar de paradigma, para incentivos atribuídos por resultados, em que o contribuinte europeu pode ter a certeza de qual o resultado que se obteve com o dinheiro público gasto.

As explorações de Montado situadas nas regiões do projeto piloto “Gestão do Montado por Resultados”, em Monfurado e em Mértola, podem optar por um modelo inovador de incentivos associado a resultados ambientais. Estes resultados são medidos anualmente, e ao longo dos cinco anos que dura o contrato, através de indicadores pré-definidos. Ou seja, o dinheiro paga resultados ambientais concretos, obtidos de facto.

O Montado é a paisagem de manchas de sobreiros ou azinheiras dispersos em áreas de pastagem onde pastam vacas ou ovelhas, ou mesmo porcos pretos. É um sistema agro-silvo pastoril que combina o coberto florestal com pastagens extensivas em sob-coberto. Pela diversidade de elementos de flora e fauna que inclui é um hotspot de biodiversidade. É um sistema produtivo desenvolvido ao longo de séculos no Sul da Península Ibérica, que aproveita da melhor forma os recursos escassos de solo e água, e suporta a variabilidade anual e interanual do clima. Pela sua resiliência e capacidade de resistir às alterações climática, o Montado é considerado como a última grande barreira ao avanço da desertificação, que todos tememos.

No entanto, apesar das suas múltiplas qualidades, o Montado está em declínio. Todos os anos desaparecem perto de 5000 hectares de Montado, dos cerca de 1 Milhão que temos em Portugal. Esta perda de área deve-se principalmente às árvores que morrem sem regeneração e à degradação dos solos.

As orientações da Comissão Europeia apontam para uma Política Agrícola Comum- PAC marcadamente mais verde, com uma ambição climática e ambiental mais forte. São nove os grandes objetivos da PAC pós 2023, que incluem a segurança alimentar, a competitividade do sector, o rendimento justo aos produtores, mas também: Acção Climática, Cuidado com o Ambiente, Preservação da Paisagem e da Biodiversidade, Comunidades Rurais Dinâmicas. Além disto, aquelas orientações vão no sentido de uma CAP mais flexível e mais baseada em resultados, em que deve ser reconhecido o papel chave dos produtores agrícolas e florestais, que devem ser recompensados se forem além do obrigatório, em termos ambientais.

Esta é uma janela de oportunidade para uma, há muito necessária, inovação no desenho dos apoios ambientais da PAC em Portugal.

A medida agro-ambiental por resultados integrada no Plano Estratégico da PAC para Portugal, tem quatro objetivos: 1. Melhoria da regeneração natural das árvores e assim aumento do renovo florestal; 2. Melhoria das condições do solo e regeneração da sua capacidade produtiva; 3. Melhoria da composição das pastagens com características biodiversas mediterrânicas; 4. Diversificação e qualificação de elementos singulares da paisagem, como galerias ripícolas, bosquetes de Quercineas e/ou Pinus, manchas de matos, charcos temporários mediterrânicos e charcas permanentes. Ao prosseguir estes resultados, que configuram melhorias ambientais que a sociedade valoriza, o produtor está ao mesmo tempo a melhorar a condição do seu Montado nas suas várias vertentes e consequentemente a melhorar a sua produtividade a longo prazo.

Outros estados membros da União Europeia, mais ambiciosos na agenda ambiental ligada à agricultura, têm a totalidade ou uma parte muito mais importante das suas medidas agroambientais a funcionar por resultados. Este projecto piloto é um começo em Portugal, dirigido a um sistema produtivo, com importância marcadamente nacional e internacional - o Montado - numa região que sente já, de forma clara, os efeitos das alterações climáticas em curso. Depois de uma avaliação do sucesso desta nova medida, podemos esperar que medidas destas se venham a expandir por muito mais áreas e sistemas produtivos, em Portugal. A sociedade e a Comissão Europeia vão seguramente pressionar-nos nesse sentido.

Teresa Pinto-Correia, Maria Helena Guimarães e Isabel Ferraz de Oliveira são do MED-Universidade de Évora, Maria de Belém Freitas do MED-Universidade do Algarve e João Madeira da Cooperativa Agrícola do Guadiana

In Jornal EXPRESSO~Clique aqui para aceder á noticia no Jornal online

quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Nota de imprensa de Unidos por Mértola e pelas Pessoas

A Coligação Unidos por Mértola e pelas Pessoas faz um balanço muito negativo do 1º ano de mandato de Mário Tomé como presidente da Câmara Municipal de Mértola.

Da análise da informação e dos dados de um ano de exercício do cargo de presidente, é já suficiente para confirmar o que este movimento de cidadãos independentes afirmava relativamente à falta de preparação e de capacidade de liderança de Mário Tomé para governar a Câmara de Mértola e dar resposta aos problemas do concelho.

Na verdade, a ausência de estratégia, a falta planeamento e a incapacidade de acção para dar resposta às necessidades e às solicitações dos munícipes e das entidades são as notas que dominam os resultados da avaliação realizada.

Serviços mal estruturados e desorganizados, falta de pessoal técnico e operacional devido á perda de quadros seniores, ausência de lideranças reconhecidas, relutância em informar e envolver os colaboradores e deficiente definição de prioridades traduziram-se numa redução acentuada e crescente da capacidade de intervenção e acção do município, reconhecida já publicamente não só por pessoas e entidades como também pelo próprio executivo camarário.

Apesar de um orçamento mais do que confortável (cerca de 27milhões de euros mais 10 milhões do saldo do anterior exercício) o actual executivo não foi capaz de avançar nem com os projectos estruturantes nem com as obras prometidas já no anterior mandato (à excepção do edifício para a Estação Biológica de Mértola).

Prova irrefutável do que acima afirmamos são as baixíssimas taxas de execução das despesas correntes e de capital, bem como das Grandes Opções do Plano e dos Fundos Comunitários, tendo inclusive perdido já financiamentos por incapacidade para executar os projectos e obras dentro dos prazos exigidos nas candidaturas.

Também no que respeita ao exercício da democracia e da cidadania a avaliação é extremamente negativa tendo em conta que se acentuou, com a maioria absoluta na câmara, um agravamento do ambiente socio político, com uma discriminação e, nalguns casos até perseguição, a todos os que publicamente manifestam a sua discordância das orientações e opções político partidárias relativamente à gestão e intervenção municipal.

Não será talvez por acaso que o executivo, ao contrário do que é habitual, não fez ainda publicamente um balanço deste seu primeiro ano.

Coligação Unidos Por Mértola e pelas Pessoas

terça-feira, 11 de outubro de 2022

Faça, fazendo



À semelhança de tantas outras áreas de intervenção direta ou indireta do Município, o Desporto, mas mais especificamente a oferta de atividade física para a população, é mais um dos muitos exemplos de marasmo, estagnação e desresponsabilização da Câmara Municipal de Mértola. Desde logo, e como base de toda esta pirâmide, a inexistência (pelo menos visível) de uma estratégia desportiva que seja tão abrangente quanto possível e que vá muito mais além do apoio financeiro a clubes e associações. Não descurando a importância que este apoio tem para a sobrevivência dos clubes e associações, que têm um papel essencial na formação desportiva e humana de toda a população, será um erro estratégico que o Município assuma uma posição de mero entreposto de fundos. Pelo contrário, devem estar bem explícitos, fundamentados e partilhados com a comunidade os princípios e objetivos que norteiam a estratégia (e, consequentemente, a política) desportiva do Município. Não estando, surge naturalmente o questionamento sobre a sua existência. Não causa estranheza, então, a inexistência de um documento tão importante e estruturante como a carta desportiva municipal. Mas causa ainda mais estranheza a ausência de iniciativas desportivas, de caráter regular, apelativas e tendencialmente gratuitas, que permitam a participação dos munícipes. Falamos de uma oferta pública, seja de responsabilidade exclusiva do município ou em parceria com os já referidos clubes e associações, que funcione não só em Mértola mas também (e pelo menos) nas sedes de freguesia, que tenha por público-alvo (mas não se restrinja) a população ativa e que funcione como alavanca para a adoção de estilos de vida mais ativos e mais saudáveis. Como complemento ou, no mínimo, como alternativa, uma campanha de informação incisiva, coordenada com clubes ou associações (públicas ou privadas), com empresas ou empresários em nome individual, que encaminhe os munícipes para este tipo de oferta desportiva. Mas também uma campanha que tenha um cariz social e que torne a atividade tendencialmente gratuita mas sem perda de rendimento para as referidas empresas ou empresários. Porque ser fisicamente ativo parte, em larga escala, da motivação encontrada para a prática desportiva. E aqui o papel do município é essencial. Tudo isto tendo por objetivo a melhoria das condições, da vida e da saúde de todos os munícipes. Porque a procura de melhor saúde não se faz apenas reivindicando melhores cuidados (e que falta fazem…), faz-se também de proatividade e de prevenção. Faz-se de modelos vicariantes, faz-se de liderança pelo exemplo. Faz-se fazendo.

Marcos Borges

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

UNIDOS POR MÉRTOLA -Perguntas e respostas na reunião de câmara de Mértola de 6/10:


 Perguntas e respostas na reunião de câmara de Mértola de 6/10:

1-porque razão o livro sobre Serrão Martins que já está entregue pela autora há mais de ano e meio ainda não foi publicado? A vereadora Rosinda vai perguntar aos serviços porque não sabe o que se passa e o porquê deste atraso
2-o quiosque do Parque desportivo e de lazer está fechado e a degradar-se há anos, porquê? O volume de trabalho na câmara não permitiu ainda tratar deste assunto e por isso a autarquia espera que alguém apresente uma proposta para essa função ou outra. Sugeri q poderia ser cedido p mini ginásio
3-o que passa com a candidatura património da humanidade que se arrasta há anos? Ainda está por decidir qual a zona a candidatar e qual a zona tampão
4-qual o ponto de situação da candidatura a Geopark? Foi entregue o relatório preliminar pelo que ainda não foi apresentada a candidatura
5-financiamento comunitário para o pavilhão multiusos anunciado pela ministra da coesão e pelo anterior presidente? Não há resposta da entidade gestora dos fundos comunitários pelo que a despesa foi toda do orçamento municipal
6-quais as taxas de execução das despesas de capital, correntes, gops e fundos comunitários? O presidente não sabe mas pediu ao Chege Daf que me enviasse a informação
7-para quando a substituição da drª Luísa e a resposta de médico de família para toda a população na sua maioria idosos? Não há data prevista nem concurso ainda aberto
O executivo referiu que algumas obras e projectos não avançaram e por isso alguns perderam o financiamento comunitário

Jorge Pulido Valente

domingo, 9 de outubro de 2022

O Tempo da Incerteza


Habitamos tempos de incerteza. Há cinquenta anos, os homens tinham talvez um futuro mais sombrio, mas a estabilidade das suas condições de vida – por muito mal que vivessem – permitia-lhes concluir que o futuro não lhes traria grandes surpresas. Hoje, o medo do futuro é uma das principais características das sociedades modernas. E esse receio, moderado ou ansiogénico, deve-se ao facto que o horizonte do possível se abriu tanto, que as nossas contas podem revelar-se especialmente incertas.

Hoje - e pode ser apenas impressão minha - o mundo é marcado principalmente pela nitidez que existe entre os que perdem e os que ganham, entre o remediado e a elite, entre quem determina e quem não lhe resta mais remédio que resignar-se.

Este clima, aliado à pesada carga fiscal, à ambição das instituições financeiras e à pouca regulação por parte do estado, está a extinguir a classe média. E o mais engraçado é que o crescimento económico, obrigatório e visto como o remédio milagroso para todos os males, raramente beneficia os que mais necessitam – os idosos, os desempregados e os trabalhadores de baixos rendimentos.

Todos estes sentimentos vão inevitavelmente moldar o panorama político e social. E vão porque o normal cidadão, armado de uma deceção generalizada que já não consegue materializar, está a chegar ao limite.

Todos sabemos que a insatisfação, quando adquire uma natureza difusa, provoca perplexidade. Irrita-nos viver numa sociedade que nunca conta com a nossa aprovação. Mas o que nos irrita ainda mais é não saber a quem confiar a mudança desta situação.

O perigo, o verdadeiro perigo deste panorama, é que num mundo de incertezas e de esperanças desesperadas, o discurso mais manhoso é sempre recompensado nas urnas.

Júlio Silva

Imagem da Semana

Alguém pode explicar?

Crescimento extraordinário da Feira?

Planeamento deficiente?

Tudo como dantes?


 

CDU publica Jornal

 


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quinta-feira, 6 de outubro de 2022

O Novo Mosaico de Mértola

O maior segmento do mosaico encontrado integraria uma das capelas do complexo religioso paleocristão de Mértola. A figuração, a técnica construtiva e o contexto tornam-no único em Portugal.
“Depois do calor do Verão, os deuses favoreceram-nos”, brinca Virgílio Lopes, investigador do Campo Arqueológico de Mértola (CAM). No âmbito dos trabalhos de escavação, conservação e valorização em curso, foi identificado em Julho um mosaico extraordinário, próximo dos dois baptistérios conhecidos desde 2013, na encosta do castelo. “Mértola tem o poder de nos surpreender e de revelar novas facetas”, diz o arqueólogo. O mosaico, com 5 metros por 4, poderá prolongar-se na área contígua ao cemitério da vila. Foi projectado para um espaço interior que a equipa do CAM acredita que poderia ser uma capela integrada num complexo religioso paleocristão, “um mundo que se seguiu ao período romano, mas no qual Mértola manteve relevância cultural e religiosa, mesmo não dispondo de um bispo”.
No século XIX, o arqueólogo Estácio da Veiga identificou na mesma zona o fragmento de uma tartaruga ou cágado e mandou desenhá-lo a aguarela. A peça perdeu-se, mas ficou o registo. “Hoje, estamos convencidos de que Estácio encontrou parte deste mosaico, pois o medalhão com a figura encaixa neste programa”, diz Lopes. “E, por sua vez, este mosaico é ‘irmão’ de outro já encontrado por cima do criptopórtico. Foi produzido pelo mesmo grupo de artistas.” Há paralelos com esta figuração em Menorca e Virgílio Lopes acredita que a inspiração para o mosaico, datado provisoriamente do século VI, vinha do Mediterrâneo Oriental. “É o período para o qual temos mais lápides, muitas das quais escritas em grego”, diz. “Seria porventura essa comunidade a encomendar um programa artístico como este, que reflecte o melhor que então se fazia na bacia do Mediterrâneo.” 
O mosaico já foi alvo dos “primeiros socorros de conservação e restauro” e aguarda uma decisão de como poderá ser mais bem protegido e exposto.

Texto: Gonçalo Pereira Rosa
Fotografias: António Cunha
In National Geographic Portugal

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Infelizmente, tenho que reconhecer!



Custa-me muito ouvir dizer e ter que reconhecer que apesar de todas as coisas boas, dos atractivos e das potencialidades que tem, Mértola é, actualmente, um concelho hostil e repulsivo para quem tenha pensado aqui se fixar e viver.

A começar pela habitação (inexistente)com preços proibitivos quer para arrendamento quer para aquisição ou construção

Os transportes escassos e as acessibilidades sem as mínimas condições, até de segurança .As comunicações deficientes ou inexistentes. A energia intermitente e oscilante

Os serviços públicos: a saúde sem respostas e sem médico de família, a educação sem ofertasuficiente, a justiça, a conservatória e as finanças a caminho da extinção no curto prazo-

O comércio caro e deficitário em termos de oferta de produtos e serviços e de horários de funcionamento.

O nível de vida cada vez mais elevado e muito acima das reais possibilidades económicas da maioria da população de reformados.

O ambiente socio político agressivo, divisionista e castigador dos não-alinhados A Câmara paralisada, sem capacidade de intervenção e de resposta perante os problemas que se avolumam.

E finalmente, o clima que se agrava em cada verão que passa, tornando a vida insuportável para quem não disponha de recursos financeiros e técnicos para amenizar as temperaturas nas habitações.

A Câmara com um mais que confortável orçamento de 37 milhões de euros poderia ter um papel determinante na alteração desta situação e do cenário de agravamento que se perspectiva no curto prazo, mas o executivo da câmara ainda não percebeu qual é que deverá ser o seu papel num concelho como este, pelo que limita-se a gerir, sem eficácia mas com muita aparente simpatia e boas palavras, o dia a dia, preocupado sobretudo com a popularidade e os interesses politico partidários e da respectiva clientela, que garantam a perpetuação no poder e pouco ou nada com o futuro do concelho e das suas gentes.

Sem liderança, visão, planeamento, organização e equipa técnica devidamente estruturada e gerida, os serviços da câmara vão perdendo colaboradores experientes, motivação e capacidade de intervenção e, simultaneamente o executivo vai sendo cada vez mais impotente para dar resposta às solicitações dos munícipes.

Os problemas agravam-se e a autarquia, como o executivo camarário reconheceu já publicamente, embora com significativas disponibilidades financeiras, está sem capacidade de resposta em todas as áreas e sem poder de intervenção junto dos ministérios ou dos serviços da administração central, apesar de ser da mesma cor política do governo

As consequências nefastas desta incapacidade e incompetência para gerir os destinos deste concelho traduzem-se já por um lado nas baixíssimas taxas de execução física e financeira das Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2022 e, por outro, no adiamento ou abandono de projectos e obras e na consequente perda de financiamentos comunitários para as mesmas.

Jorge Pulido Valente