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sexta-feira, 8 de setembro de 2023

AS NUCLEARES

 As Nucleares

Medicina Nuclear é a placa que indica o meu destino de hoje para realizar mais um exame médico de nome complicado que me abstenho de tentar repetir. Entrada de cadeira de rodas tal como mandam as regras, nada de especial ou de diferente no que ao edifício respeita. Adivinham-se equipamentos e máquinas  e autocolantes muitos autocolantes com com os assustadores símbolos da radiação nuclear. Mas o mais espantoso é a organização, muita gente a circular, mas todos com ar compenetrado de quem sabe o que está a fazer ou vai fazer. Ninguém se atropela, os muitos movimentos no corredor parecem executados por bailarinos bem ensaiados, não há perdas de tempo, instruções claras, caminhos definidos. Entre intervenientes, médicos enfermeiros, auxiliares e técnicos uma harmonia quase perfeita, qual formigueiro ou colmeia em que todos trabalham para todos mas principalmente para os pacientes.

Uma idosa acima dos 80 anos, proveniente de Baião, que andou perdida no gigantesco hospital estava maravilhada a tomar um ligeiro pequeno-almoço na companhia de uma auxiliar a quem já tinha contado metade da sua vida e partilhado a sua esperança de cura, e com quem partilhava fotografias do bisneto mais novo.. Saiu depois de realizar o seu exame agora acompanhada para a saída do hospital.

Estavam presentes duas crianças pequenas também para fazer exames médicos. A equipa desdobrou-se para encontrar sítios para amamentar e alimentar, improvisaram sítios para as crianças dormirem e descansarem um pouco, preocupação, eficiente mas provida de humanidade.

Os meus exames foram repetidos vãrias vezes porque a médica responsável não considerava terem qualidade suficiente as imagens obtidas o que me obrigou a ficar várias horas com as NÙCLEARES e me permitiu demonstrar o meu agradecimento a alguns dos profissionais e também â chefe de serviços. Aquele serviço é um dos melhores exemplos de que é possível fazer muito, fazer bem e fazer com humanidade. As NUCLEARES até quando estão a descansar não deixam de estar a trabalhar.

 coisassemimportância

Zacarias Feleizberto



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