Passos Coelho e Cavaco Silva falam da situação económica de Portugal
Passos Coelho e Cavaco Silva falam da situação económica de Portugal como se estivessem a falar de dois países completamente diferentes. Onde o primeiro-ministro vê uma "a luz ao fundo do túnel", o presidente da República vê um comboio que se aproxima para nos atropelar. No discurso do Ano Novo, Cavaco Silva fez um diagnóstico bastante negro sobre os impactos que a receita de Vítor Gaspar está a ter na economia.
"Temos urgentemente de pôr cobro a esta espiral recessiva, em que a redução drástica da procura leva ao encerramento de empresas e ao agravamento do desemprego", afirmou na altura Cavaco. Para o Presidente, este é um "círculo vicioso que temos de interromper".
Ontem teve a resposta de Passos Coelho. Depois de ouvir os grupos folclóricos a cantarem as janeiras nos jardins da residência oficial de São Bento, o primeiro-ministro veio afirmar que e Portugal afinal não está num "ciclo vicioso". Dirigiu-se a todos os portugueses que vivem dificuldades, dizendo-lhes: "Que consigam vislumbrar ao longo deste ano aquilo que se chama a luz ao fundo do túnel, quer dizer, o motivo de esperança para perceberem que nós não estamos a iniciar um ciclo vicioso de que não conseguimos sair, mas apenas a vislumbrar a saída de um período difícil que estamos a completar, porque outra forma não há senão passar por ele e resolver os problemas".
Passos faz bem em tentar incutir um espírito de optimismo neste arranque de ano, pois sabe que grande parte da economia tem a ver com a gestão de expectativas. Mas também sabe que se arrisca a perder essa razão assim que forem conhecidos os primeiros dados da execução orçamental deste ano. Se a receita não resultou no ano passado, por que haveria essa mesma receita, ainda mais condimentada, de resultar este ano?
"Temos urgentemente de pôr cobro a esta espiral recessiva, em que a redução drástica da procura leva ao encerramento de empresas e ao agravamento do desemprego", afirmou na altura Cavaco. Para o Presidente, este é um "círculo vicioso que temos de interromper".
Ontem teve a resposta de Passos Coelho. Depois de ouvir os grupos folclóricos a cantarem as janeiras nos jardins da residência oficial de São Bento, o primeiro-ministro veio afirmar que e Portugal afinal não está num "ciclo vicioso". Dirigiu-se a todos os portugueses que vivem dificuldades, dizendo-lhes: "Que consigam vislumbrar ao longo deste ano aquilo que se chama a luz ao fundo do túnel, quer dizer, o motivo de esperança para perceberem que nós não estamos a iniciar um ciclo vicioso de que não conseguimos sair, mas apenas a vislumbrar a saída de um período difícil que estamos a completar, porque outra forma não há senão passar por ele e resolver os problemas".
Passos faz bem em tentar incutir um espírito de optimismo neste arranque de ano, pois sabe que grande parte da economia tem a ver com a gestão de expectativas. Mas também sabe que se arrisca a perder essa razão assim que forem conhecidos os primeiros dados da execução orçamental deste ano. Se a receita não resultou no ano passado, por que haveria essa mesma receita, ainda mais condimentada, de resultar este ano?
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