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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Manuel Macias confirma continuação na Selecção Nacional


Manuel Macias, que no passado fim de semana se classificou em terceiro lugar no primeiro Controle Nacional da época, foi agora confirmado na Selecção Nacional de Cedetes através da convocatória para o próximo Estágio.

No referido controle participaram ainda mais cinco atletas do Clube Náutico de Mértola tendo obtido os seguintes resultados:

Juniores
Rafael Luz – 20º K1
Bruno Vitória – 4º C1
Cadetes
Manuel Macias – 3º K1
Gonçalo Ferreira – 5º K1
João Brito – 20º K1
Daniel Guerreiro – 9º C1

Tio envolve Sócrates no caso Freeport / Carta a implicar Sócrates no caso Freeport é de militante do CDS

Tio envolve Sócrates no caso Freeport

Contradições. Em 2005, o primeiro-ministro garantiu ser "totalmente alheio" ao projecto do Freeport de Alcochete. Júlio Monteiro, seu tio, revela que intermediou um encontro com um empresário ligado ao empreendimento.

Primeiro-ministro responde que só discutiu questões ambientais.

Júlio Coelho Monteiro, tio materno de José Sócrates, revelou, ontem, que intermediou um encontro entre Charles Smith, sócio da consultora Smith&Pedro, a responsável pela promoção do projecto Freeport de Alcochete, e o seu sobrinho, então ministro do Ambiente. A declaração de Júlio Monteiro ao semanário SOL contraria a garantia dada por José Sócrates, em 2005, de que era "totalmente alheio ao empreendimento".

In
Diário de Noticias Online
24.01.09
Carlos Rodrigues Lima
Carta a implicar Sócrates no caso Freeport é de militante do CDS
Zeferino Boal combinou com inspector o envio da denúncia para a PJ .

Zeferino Boal, militante do CDS/PP e candidato à presidência da Câmara de Alcochete nas últimas eleições autárquicas, é o autor da denúncia anónima que originou a investigação da Polícia Judiciária (PJ) em volta do caso Freeport, em 2004. José Sócrates é apontado neste processo como estando envolvido na alteração, em 2002, da Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo (ZPE), enquanto ministro do Ambiente, permitindo a construção daquele empreendimento de Alcochete. Em troca, o PS teria recebido dinheiro para subsidiar a campanha eleitoral para as legislativas daquele ano.

A revelação foi feita pelo inspector da PJ Elias Torrão, da directoria de Setúbal, que ontem começou a ser julgado no 6.º juízo dos Tribunais Criminais de Lisboa, por violação de segredo de justiça e de funcionário.

Contou Elias Torrão que as informações sobre alegados crimes de corrupção e de participação económica em negócio, envolvendo José Sócrates no caso Freeport, chegaram através de Boal, presidente da concelhia do CDS/PP de Alcochete.

No seguimento, informou os superiores hierárquicos, que o terão aconselhado a convencer Boal a escrever uma carta anónima com as denúncias. O que foi feito em Outubro de 2004. A missiva chega à PJ de Setúbal, dirigida a Torrão, e dá origem a um pré-inquérito de averiguações.
In
Diário de Noticias Online.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Presidente da Câmara de Sines abandona PCP


Manuel Coelho diz que PCP está "esclerosado" e é "reaccionário"

Cisão.

Autarca de Sines põe fim a 35 anos de militância comunista

Depois de um ciclo de "acusações absurdas, idiotas e insuportáveis", que se adensaram nos últimos meses, o presidente da câmara municipal de Sines, Manuel Coelho, eleito pela CDU há três mandatos consecutivos, anunciou ontem, a sua desvinculação do PCP.

O autarca, militante do Partido Comunista Português há 35 anos, diz-se "exausto" e vítima das "sucessivas práticas de cerco e tentativas de obstrução a tudo o que não esteja de acordo com os cânones do partido e o acolhimento dos responsáveis locais".

"O partido está impregnado de um conjunto de características típicas de organizações dogmáticas, com disciplina de caserna, o que o torna numa organização estalinizada, esclerosada, com práticas reaccionárias, envolvidas num discurso pretensamente progressista, mas de facto, retrógrada", acusou o presidente sineense, em conferência de imprensa.

A 'gota de água' deu-se aquando da assinatura do contrato de execução entre o Ministério da Educação e a câmara municipal, decisão essa que vai contra as orientações nacionais do PCP, e desde logo foi considerada como uma afronta.

"Sobre isto, ainda me aconselharam a ter uma atitude trapaceira, dando o dito por não dito, e voltando atrás com a minha decisão, mas não aceitei", garantiu.
Com o caso, "atingiu-se um clima de esquizofrenia política" e desencadeou-se todo um processo de perseguição e "desacreditação do presidente", que contou com a colaboração do vice-presidente da autarquia, Albino Roque, também eleito pela CDU, destituído do cargo ontem, em reunião extraordinária de câmara.

Manuel Coelho transferiu todos os pelouros atribuídos a Albino Roque, distribuindo-os pelos restantes vereadores comunistas seus apoiantes, justificando que o ex vice-presidente tinha "uma actividade de seguidismo militante" e já não reunia condições de lealdade para continuar a fazer parte da sua equipa.

Nos últimos tempos, o autarca afirma ter vivido num permanente "ambiente de suspeição" por parte do partido, que chegou a questionar a sua participação em "cerimónias com o senhor primeiro-ministro", o significado das suas entrevistas sobre o interesse dos investimentos feitos em Sines, ou o porquê do convite ao Presidente da República, Cavaco Silva, por altura da inauguração do Castelo.

"O PCP entende que é dono das coisas e que temos que ter uma subordinação cega e acéfala às estratégias nacionais e o resto são instrumentos ao seu serviço, mas eu não concordo", apontou Manuel Coelho, que já garantiu que não vai colocar o cargo à disposição.

Renunciar, sustenta o autarca, significava dar razão ao PCP, que "defende que o lugar é do partido". "Fui eleito pelo povo e é ele o principal responsável pela expressão eleitoral conseguida e não os vou defraudar em nome de uma tese partidária", assegurou.

O autarca desavindo frisou ainda que a sua decisão não pretende ser "um passaporte para o ingresso em qualquer partido ou organização do quadro actual do país", vincando que apenas se quer "sentir livre" para poder "agir politicamente" de acordo com a sua visão e "convicções".
In Diário de Noticias
ANA MARQUES, Sines
MIGUEL A. LOPES-LUSA

Ponte Internacional do Pomarão inaugurada a 26 de Fevereiro

Foto José Neto





A Ponte Internacional que irá ligar o concelho de Mértola à província de Huelva, Espanha, está em conclusão e será inaugurada no dia 26 de Fevereiro. A construção é uma obra conjunta da Câmara Municipal de Mértola e da Diputácion Provincial de Huelva, financiada em 75 por cento pelo programa Interreg III A.

Com esta nova via de comunicação e os respectivos acessos construídos no lado espanhol e melhorados no lado português, com a ampliação da EM 514, Pomarão e El Granado (Espanha) ficam separados por uma distância de 12 km. Para além de encurtar distancias, a nova ponte vai aprofundar as ligações sociais e económicas, e até mesmo familiares, das populações de ambas as regiões e potenciar novas formas de colaboração e parceria.

A ponte situa-se a jusante da Barragem do Chança, tem 140 metros de cumprimento e 11 de largura, com duas faixas de rodagem. O custo total ronda os dois milhões e meio de euros.


As obras da EM 514 estão igualmente em curso, estando a sua conclusão e inauguração prevista para a mesma data.
In
Site Oficial da Câmara Municipal de Mértola

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Jovem diz-se agredido por GNR no posto - Actualização

João Palma sofreu hematomas


Um jovem, de 23 anos, acusa um militar GNR de Mértola de o ter agredido a murro e à chapada dentro do posto local. João Palma apresentou uma queixa contra o militar. O caso está a ser seguido pelo Ministério Público.

Agressões terão começado pelas 03h30 de domingo junto ao bar Alsafir, em Mértola. João encontrava-se na rua quando foi agarrado no braço pelo militar, que estava fora de serviço e aparentava estar alcoolizado. "Depois de lhe pedir a identificação atirou-me ao chão. Chegou a GNR e fomos ambos para o posto, onde, numa sala, me deu vários encontrões, murros e chapadas durante uns vinte minutos", lembrou o jovem.

Fonte do Comando Territorial da GNR de Beja adiantou que foi instaurado um inquérito interno ao militar.


Alexandre M. Silva
In Correio da Manhã
22 Janeiro 2009 - 00h30





Jovem de Mértola diz que foi agredido por militar da GNR


João Palma, de 21 anos, natural de Mértola, queixa-se que foi agredido por um militar da Guarda Nacional Republicana, no interior do Posto de Mértola. Os incidentes terão começado à porta de um bar, na madrugada de 18 de Janeiro, onde o jovem garante que foi abordado pelo militar da GNR à civil, aparentemente alcoolizado, “de forma violenta”, sem razão para tal. A GNR, chamada ao local, transportou João Palma para o posto uma vez que este pretendeu apresentar queixa e aí terão começado as agressões. O jovem afirma que quando entrou foi imediatamente empurrado pelo militar que estava fora de serviço e agredido “ao murro e à chapada”. O jovem queixa-se de ter estado 25 ou 30 minutos “a levar chapadas e murros”.


Ao que a Rádio Pax apurou junto do Comando Territorial de Beja, a GNR está a averiguar os factos. O militar queixa-se que foi agredido por João Palma e apresentou também queixa contra o jovem de Mértola. Na madrugada dos incidentes o militar foi transportado para o Hospital de Beja onde recebeu tratamento
In Rádio Pax
26/01/2009 - 07h01



O Forum GNR também dedica atenção ao assunto, pode aceder clicando na imagem.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Cláudio Torres – 70 anos

Foto ALFREDO CUNHA

Cláudio Torres faz hoje 70 anos. Desses, os últimos 30 estão intimamente ligados a Mértola, onde deixou e deixa uma marca indelével. Embora esteja ainda longe da reforma não quero deixar de assinalar a data e, sobretudo, de fazer um breve resumo do que foram estas três décadas de trabalho, iniciadas na nossa vila com a criação do Campo Arqueológico.

Não falo só do Museu de Mértola, que dirige e cujos diferentes núcleos foram da sua responsabilidade, desde a abertura ao público da Casa Romana (1988) até à inauguração do núcleo islâmico (2001).

Não falo das escavações realizadas na vila desde 1978, cujo sector principal – o da alcáçova – ganhará em breve novo fôlego.

Não falo sequer dos prémios e das honrarias: Prémio Pessoa (1991), Prémio Rómulo de Carvalho (2001), Doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Évora (2001).

Não falo também dos cargos (representante do Comité do Património Mundial da UNESCO em 2000, membro do Conselho Consultivo do IPA e do IGESPAR) ou da direcção científica de projectos e exposições (Portugal Islâmico, em 1998; Marrocos-Portugal: portas do Mediterrâneo, em 1999, Discover Islamic Art, 2004-2007 etc.)

Não falo, enfim, dos projectos científicos que desde 1986 o Campo Arqueológico tem vindo a concretizar nem das publicações que, de forma individual ou colectiva, realizou, promoveu e apoiou.

O percurso tem, por vezes sido conturbado e está longe de ser linear. E nele se reconhecem coisas decisivas. A capacidade de mobilizar equipas, de lançar sementes e de as deixar crescer e seguirem caminhos autónomos. A crescente credibilização científica de um projecto de início visto como “folclórico”. A participação activa em novos caminhos de desenvolvimento local. A aposta decisiva na formação (quem poderia imaginar em 1978 que trinta anos depois Mértola seria a sede de um mestrado?).

O percurso foi isento de falhas? Claro que não. Mais importante, o caminho futuro será isento de erros? Decerto que não. Mas o futuro está sempre ao virar da esquina e é por ele que vamos.

Usando uma das minhas citações preferidas (do filme O terceiro homem): “em trinta anos de governo dos Bórgias, a Itália conheceu a guerra, o terror, crimes e derramamento de sangue, mas produziu Miguel Ângelo, Leonardo da Vinci e o Renascimento. Na Suíça tiveram amor fraterno, tiveram 500 anos de democracia e paz. E o que é que produziram? O relógio de cuco.”

Sem guerra, nem terror, nem crimes nem derramamento de sangue se fez o percurso do Cláudio e do Campo Arqueológico em Mértola. O legado é substancial e o património histórico e de memória colectiva que o concelho hoje tem em nada se pode comparar ao de 30 anos. Trabalho colectivo? Decerto. Mas quem hoje faz anos é o Cláudio. Por isso, À TUA SAÚDE!

Santiago Macias

___________________________________________

Parabéns, pelos 70 anos e em especial pelos 30 de Mértola. Foste uma referência na minha juventude marcando de forma decisiva o meu percurso pessoal e profissional.

As nossas discordâncias não me impedem de reconhecer a importância da tua intervenção em Mértola e Mértola está reconhecida por essa dedicação. Não duvido porém, que reconheces a Mértola e às suas gentes o mérito de te ter posto à disposição a matéria prima que te possibilitou coordenar a equipa e o projecto, á luz do qual, recebes-te o reconhecimento público e as honrarias que o Santiago acima refere. A vida é um caminho com dois sentidos.

Lembro-me de um Volkswagen velhinho quando começas-te a vir a Mértola, não sei se era este!

Um abraço.

Carlos Viegas

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Jorge Revez mais do que provável candidato da CDU em Mértola

O nome de Jorge Revez continua a ser apontado como o mais provável para ser o candidato da CDU à Câmara de Mértola nas eleições autárquicas deste ano.
Confrontado pela Rádio Castrense sobre o processo de elaboração das listas da CDU, o actual vereador e presidente da Associação de Defesa do Património de Mértola disse "não colocar de lado” essa hipótese.

“Neste momento, o trabalho que a CDU está a desenvolver é feito na escolha da equipa”, adiantou Jorge Revez, admitindo que, se a população e a CDU assim o entenderem, “não dirá que não ao desafio” de encabeçar a lista à autarquia mertolense.


In
Correio Alentejo e Rádio Castrense

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Entrevista SIC: Sócrates pede maioria absoluta

Clique na imagem para ver a entrevista

O primeiro-ministro reconheceu que parte para a campanha eleitoral com o objectivo de renovar a maioria absoluta. "É o que é preciso para se fazer o que o país necessita" disse José Sócrates numa entrevista, a primeira do ano, em que desvalorizou as divergências com o Presidente da República (a propósito do Estatuto dos Açores) e defendeu a sua receita para enfrentar a crise, com particular ênfase no investimento público.

A "estabilidade política e as condições de governabilidade" são "essenciais" e "é esse o objectivo que perseguimos" admitiu o primeiro-ministro e secretário-geral do PS, afirmando, preto no branco: "Estou a pedir a maioria absoluta". José Sócrates falava aos jornalistas José Gomes Ferreira (SIC) e Ricardo Costa (Expresso) ao cabo de quase uma hora de tensa entrevista centrada, sobretudo, nas respostas do Governo à crise económica mundial.

O chefe do Governo anunciou que, durante a apresentação do Programa de Estabilidade e Crescimento, durante a próxima semana, o Executivo irá rever as previsões de desemprego e crescimento económico. Recusou-se, ainda assim, a alinhar desde já pelas previsões do Banco de Portugal segundo as quais estamos à beira da recessão, admitindo, ainda assim, que "tudo aponta" para que esse cenário se confirme.

Na conversa que durou cerca de uma hora, Sócrates defendeu a estratégia do Governo para enfrentar a crise, sublinhando a dimensão "moral" do investimento público: "é absolutamente indispensável ao emprego", afirmou. "Se antes fazia sentido, agora faz ainda mais sentido: a economia precisa cada vez mais de investimento público. Seria moralmente muito negativo não o fazer". O essencial da entrevista girou, com efeito, à volta da economia e das respostas do Executivo para fazer face à crise, com o primeiro-ministro a resumir a quatro as principais orientações da sua política:estabilizar o sistema financeiro; apoiar as empresas; reforçar o investimento público e apoiar as famílias. Para trás ficava o tema dos primeiros dez minutos da entrevista: o conflito institucional com o Presidente da República a propósito do Estatuto Político-Administrativo dos Açores.Uma questão desvalorizada pelo primeiro-ministro, que a 'reduziu' a uma diferença de interpretação da Constituição - que, no seu entender, poderia ter sido facilmente resolvida com a intervenção do Tribunal Constitucional. Sócrates recordou, aliás, anteriores divergências com Cavaco Silva (a propósito do aborto, da paridade ou do divórcio) para garantir aos portugueses que tanto ele como o Presidente têm bem "consciência da importância de um bom entendimento institucional". A avaliação dos professores, tema obrigatório, acabou por ser abordada já na recta final da conversa, como primeiro-ministro a aproveitar a deixa para colocar o acento tónico no facto de, pela primeira vez em 30 anos, os professores irem ser avaliados. Manuel Alegre e a possibilidade de surgimento de um novo partido à esquerda foi questão deixada para o fim, com Sócrates a refugiar-se no seu papel como secretário-geral do PS - a que é de novo candidato no Congresso de final de Fevereiro - para garantir que tudo fará para "promover a unidade do partido nessa diversidade que enriquece o PS". O 'tudo' inclui, segundo disse, convidar Manuel Alegre de novo para integrar as listas de candidatos socialistas, "se ele quiser". Mesmo a terminar, e em resposta a um cenário colocado pelos jornalistas, Sócrates manifestou-se disponível para que as legislativas possam ocorrer no mesmo dia do que as europeias (em Junho): "Já aconteceu", lembrou. Irredutível só mesmo na possibilidade de fazer coincidir legislativas com autárquicas: "São dinâmicas distintas. Acho um erro".

In Expresso
Cristina Figueiredo
22:32 Segunda-feira, 5 de Jan de 2009

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Autarquicas 2009 - Correio Alentejo


PS adianta trabalho para as autárquicas 2009
O Partido Socialista já definiu todas as candidaturas às câmaras municipais do distrito de Beja nas eleições autárquicas de 2009. Segundo apurou o “CA” junto de fonte partidária, só em Serpa, Barrancos e Moura “ainda há algum trabalho por fazer” mas, durante o mês de Janeiro, “tudo estará decidido”.Recorde-se que Luís Pita Ameixa, presidente da Federação do PS Baixo Alentejo, já definiu como grande objectivo político para 2009 “disputar da vitória em todas as autarquias” do distrito de Beja e, nesse enquadramento, assumiu que o partido irá fazer “um trabalho bem feito, com responsabilidade e exigência”.

“Em todo o lado vamos jogar para a vitória. Fá-lo-emos com boas pessoas e bons programas. Essa é a responsabilidade do PS, o que não quer dizer que vá ganhar em todo o lado, entenda-se bem”, afirmou Luís Pita Ameixa.

Neste contexto, os socialistas parecem estar a fazer uma aposta muito forte em dois dos principais concelhos da região, onde nunca lideraram as respectivas autarquias: Beja e Castro Verde.

Em Beja, a escolha de Jorge Pulido Valente foi feita por unanimidade e lançada com o objectivo de mobilizar a sociedade civil do concelho. Nesse enquadramento, o próprio Pulido Valente já explicou que a preparação do projecto “vai extravasar o próprio PS” para “envolver todos aqueles que queiram contribuir para o desenvolvimento de Beja”. E defendeu que “este tipo de projecto autárquico não pode limitar-se aos partidos políticos e deve abrir-se à sociedade civil”.

No caso de Castro Verde, a única candidatura apresentada formalmente à imprensa pelo PS, o cabeça de lista, José Francisco Colaço Guerreiro, também vincou a “génese apartidária” da candidatura porque, segundo explicou, esta “não nasceu dentro do PS, nasceu na consciência de que havia algo a fazer para que tudo não continuasse na mesma”. “Não concorremos contra indivíduos nem instituições, mas a favor do bem-estar integral e do enraizamento das gentes deste concelho”, explicou.

Aljustrel e Vidigueira. Outros dois concelhos onde o PS alimenta esperanças são Aljustrel e Vidigueira, onde o PCP tem maioria nas autarquias. Na vila mineira, o candidato volta a ser o actual administrador da Gestalqueva, Nelson Brito. Depois de derrotado em 2002 por José Godinho, o jovem jurista deverá ter pela frente Manuel Camacho, que acaba de render José Godinho na liderança da autarquia e deverá ser o candidato da CDU.

Na Vidigueira, tudo indica que o candidato socialista possa ser António Mendes Pinto, actual director regional de Economia do Alentejo e presidente da concelhia do PS. Recorde-se que, em 2002, a autarquia vidigueirense foi conquistada aos socialistas por Manuel Luís Narra, que irá apresentar a sua recandidatura. No resto do distrito, o PS escolheu Vicente Maurício em Alvito e João Saleiro em Almodôvar. Em Moura, Serpa e Barrancos tudo deverá ficar decidido ainda este mês.

Nos concelhos onde lidera as câmaras municipais, estão confirmadas as recandidaturas de Aníbal Reis Costa em Ferreira do Alentejo, Pedro do Carmo em Ourique e Francisco Orelha em Cuba – neste caso, também já é conhecida uma “pequena revolução” na lista, estando confirmado o regresso de Carlos Almeida (que integrou a equipa do primeiro mandato de Orelha) e de Teresa Calado. No caso de Mértola, Jorge Rosa também deverá encabeçar a lista do PS.

Em Odemira, onde António Camilo não será candidato, segundo informações recolhidas pelo “CA” a escolha socialista recaiu no actual vice-presidente da autarquia, José Alberto Guerreiro.


PCP renova em Castro e Aljustrel

Como é habitual, o PCP também tem o “trabalho de casa” adiantado e as diferentes candidaturas estão praticamente definidas em toda a região. Nos concelhos de Beja, Moura e Serpa, onde lidera as câmaras, estão confirmados Francisco Santos, José Maria Pós-de-Mina e João Rocha, apesar do último ter repetido várias vezes que este seria o seu último mandato. Também em Barrancos é praticamente certa a recandidatura de António Tereno e, na Vidigueira, Manuel Narra assumirá o desafio de tentar um segundo mandato. Em Castro Verde, com Fernando Caeiros a ser uma possibilidade cada vez mais remota, o PCP deverá optar por Francisco Duarte, o actual presidente da câmara. E em Aljustrel, confirmada a saída de José Godinho para a ER Turismo do Alentejo, avança Manuel Camacho, que vê chegada a sua hora depois de há longos anos assumir o papel de número dois, quer em Aljustrel quer em Beja.

Em Alvito, o PCP terá manifestado o desejo de ver o actual presidente, João Paulo Trindade – eleito em 2002 numa lista de “independentes” – vestir “oficialmente” a camisola comunista, mas tudo aponta que a escolhe terá de ser outra. Em Cuba repete-se a candidatura de João Português e, nos casos de Almodôvar, Mértola, Ourique, Odemira e Ferreira do Alentejo, concelho onde está na oposição há longos anos, ainda é desconhecida a escolha do PCP.


PSD define prioridades

O PSD também já tem definido algumas candidaturas para 2009, nomeadamente nos concelhos onde assume apostas claras para ganhar as respectivas autarquias. No único concelho onde está no poder, apesar das evidentes divisões internas, o candidato será António Sebastião. Em Alvito avança Mário Simões e em Ourique o candidato é José Raul Santos. Em Beja, segundo fontes partidárias, a escolha deverá recair em Pires dos Reis, enquanto que, no caso de Serpa, deverá repetir-se a candidatura do agricultor Sebastião Rodrigues, que neste mandato assumiu funções na equipa do comunista João Rocha. Em Castro Verde tudo aponta que o PSD vai escolher Pedro Figueira e, em Odemira, a escolha deverá recair em Raul Albuquerque, actual eleito na Assembleia Municipal.
in Correio alentejo
segunda feira, o5 de Janeiro de 2009 - 09h20

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009